quarta-feira, 4 de julho de 2007

Cadê o Controle Remoto?

Não gosto de televisão. Principalmente dos programas de TV, temperados de propaganda e previws, que se repetem e repetem até que vc decore cada um deles. Filmes são sagrados e o Animal Planet também (carinhosamente apelidado de TV Bichinho). Com o advento do controle remoto, mais especificamente da função sleep, a TV ganhou a mais nobre das funções: me fazer dormir. Ler também faz, mas dá trabalho. Ver TV é uma aadorável preguiça que alveja pensamentos. Bastam 30 minutos e raramente me lembro o que foi que vi antes de dormir. Sábias invenções da modernidade.
Há quem ria disto, mas o lugar onde guardo o controle remoto é debaixo do travesseiro. Na condição de memória que me encontro, ando obsessiva com os lugares de certas coisas, pois só eu sei o diabo que é acha-las depois.
Estes dias o controle me pregou uma peça. Passava um filme do gênero ficção cientifica e eu não estava entendo nada. Mas como nada é preciso entender quando se espera o sono chegar, continuei assistindo. O sono não vinha e o filme prosseguia, com uma mulher linda e malvada que se transforma nos vários personagens do filme. Num determinado momento o protagonista fala com um certo “senhor”, que mais parece um guru, dono de uma sabedoria que parece explicar ao jovem desesperado os mistérios que vem acontecendo. E na tela começa a piscar em amarelo 60,59,58,57..... o timing está terminando e passo a mão debaixo do travesseiro para prorroga-lo, mas o controle não esta lá. Cadê o controle? Sento-me na cama totalmente desperta, dividida entre ouvir o que o sujeito fala e achar o controle “... não é possível levar uma vida feliz e com significado...” 3,2,1... ATÉ LOGO.

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